Sarampo: Como uma doença evitável retornou do passado
- Não vire a Pagina
- 9 de abr. de 2019
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O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo, mas até pouco tempo atrás o número de casos vinha caindo. O que levou aos recentes surtos da doença?
A região de Rockland County, no Estado de Nova York, Estados Unidos, declarou estado de emergência na semana passada depois de um sério ressurgimento do vírus, que pode ser evitado.
E isso está longe de ser um caso isolado. Os EUA devem ter, neste ano, o maior número de casos desde 2000, quando a doença havia sido oficialmente eliminada.
Outros países, como México, França e Madagascar, tiveram surtos parecidos em comunidades com falhas na imunização.
Na maioria dos casos, o sarampo é uma doença com baixa gravidade, mas ele também pode levar a complicações que oferecem risco de vida, como pneumonia, meningite e inflamação cerebral.
Mesmo que ainda esteja muito abaixo de níveis históricos, a doença tem tido um aumento nos últimos anos. Os casos registrados subiram 31% em 2017 em relação ao ano anterior, levando a cerca de 110 mil mortes no mundo todo.
De acordo com a Unicef (braço da ONU para a infância), 98 países registraram um aumento de casos de sarampo em 2018, com quase três quartos disso ocorrendo em 10 países.
O que está acontecendo com as vacinações?
Programas de vacinação bem sucedidos garantiram que o sarampo se tornasse raro em muitos lugares.
Quando a vacina contra sarampo se tornou amplamente usada nos anos 1980, o número de casos caiu significativamente, levando alguns países a declarar que ele tinha sido erradicado.
Antes disso, grandes epidemias de sarampo aconteciam de tempos em tempos. Por exemplo, em 1967, um ano antes da vacina ser introduzida na Inglaterra e no País de Gales, houve quase meio milhão de casos e 99 mortes nos dois países. Em 1997, esse número havia caído para o número mais baixo já registrado: 56 casos e nenhuma morte.
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