cães podem 'farejar' câncer em amostras de sangue e saliva com 95% de precisão, afirma pesquisadora
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- 18 de mai. de 2019
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Segundo a pesquisadora Heather Ann Junqueira, em um dos testes realizados os animais apontaram indícios de câncer de mama em uma paciente, 18 meses antes de o tumor ser diagnosticado por meio de um exame de mamografia.
Formada em medicina esportiva pela Universidade de Louisville, Heather especializou-se em medicina veterinária na Universidade Saint Peter e morou por alguns anos em Barretos (SP) e Frutal (MG). Atualmente, a cientista vive na Flórida, onde realiza os experimentos.
“É um estudo complexo. Por enquanto, as pessoas podem comprar um teste, o cachorro sente o cheiro e diz se há indícios de câncer, ou não. Isso, para detectar mais cedo. Mas, é preciso ir ao médico e fazer outros exames. É uma pesquisa, não serve como diagnóstico final”, explica.
“Eu faço os cães farejarem a máscara e dou um petisco. Depois, coloco o objeto com o cheiro junto com um pedaço de comida e escondo em algum lugar. Eles têm que farejar e descobrir. Na verdade, eles estão procurando pela comida, mas acabam associando os odores”, diz a pesquisadora.
“Quando eles chegam perto do objeto, eu mando sentarem. Então, eles sentam e ganham um petisco. Por fim, tiro a comida e só fica o objeto com cheiro de câncer. Quando eles descobrem e sentam, é como se pensassem ‘achei o cheiro, agora vou sentar e ganhar comida’”, detalha.
“Tenho quatro cachorros treinados para descobrir qualquer tipo de câncer. Isso porque, todos os cânceres têm uma parte – digamos assim – com o mesmo cheiro. Mas, é possível treinar os cães para descobrir só um tipo de câncer”, explica.
“Sempre existe algo que diferencia os tipos de câncer e é possível treiná-los para identificar esse cheiro diferente. Hoje, tenho um cachorro que identifica câncer de forma geral, outros quatro que identificam câncer de pulmão e mais um especialista em câncer de mama”, diz.
E assim os pesquisadores estão estudando mais sobre isso.
Raissa
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