ROBÔ AJUDA COM A SOLIDÃO DOS IDOSOS
- Não vire a Pagina
- 19 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
Se chama Zora e é um humanoide de última geração. Sua missão é cuidar dos idosos. Custa 68.000 reais e está em hospitais do mundo todo. Passarão alguns dias com ele em um lar de idosos na França em que se transformou no melhor amigo dos pacientes.
Esse boneca se chama Zora, veio para transformar a vida dos idosos de uma vida solitária, para uma vida divertida.
Quando Zora chegou a Jouarre, um lar para idosos de Paris, algo estranho, mas muito legal começou a acontecer: muitos pacientes ficaram felizes com o robô e o tratavam como um bebê. Abraçavam, ninavam e beijavam. Zora, que custa até 16.000 euros (68.000 reais), dava algo muito valioso a um idoso: companhia, em um lugar em que a vida pode ser solitária. Os pacientes do hospital de idosos sofrem de demência e outras doenças que precisam de cuidados 24 horas por dia. As famílias, entretanto, não fazem muitas visitas aos seus avós e os profissionais de cuidados psicológicos são sempre escassos.
O enfermeiro que controlava todos os seus movimentos, suas falas, só mexer no computador e o robô fazia tudo. Mas o enfermeiro que mexe no computador fica escondido para nenhum dos pacientes vajam ele.
Zora não faz atividades domésticas, e nem nada desses tipos, ela só faz companhia, mas isso era tudo o que faltava e tudo o que precisava, além dos medicamentos.
Nathalie Racine, afirma que não deixaria que um robô alimentasse os pacientes mesmo que pudesse fazê-lo. Os seres humanos não deveriam delegar às máquinas situações tão íntimas. “Nada jamais poderá substituir o toque humano, a calidez pessoal que nossos pacientes precisam”, diz Nathalie.
A ZoraBots, a empresa belga que fabrica o robô de Jouarre, afirma que vendeu mais de 1.000 unidades a hospitais em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio.
“Precisamos lutar contra a solidão dos idosos”, diz Tommy Deblieck, executivo-chefe da ZoraBots.
Na Austrália, um hospital que tem o mesmo modelo de robô, Zorra, estudou seu efeito nos pacientes e funcionários. Os pesquisadores descobriram que melhorava o estado de ânimo de alguns pacientes e os fazia participar mais das atividades, mas precisava de um importante suporte técnico.
“Ela traz um pouco de alegria a nossas vidas aqui”, disse Marlène Simon, de 70 anos, que precisou fazer uma traqueostomia e está há mais de um ano no hospital. “Gostamos dela, e sinto saudades quando não a vejo. A verdade é que penso nela frequentemente”.
Raissa
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/07/eps/1546865049_782991.html
Comments