Família unida para as tarefas domésticas
- Não vire a Pagina
- 9 de abr. de 2019
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Já passou o tempo onde só as mulheres poderiam fazer tarefas domésticas, e que todos da família podem ajudar, lembrando que a família é a primeira convivência social, que permite relações interpessoais, aprender a conviver em grupo começa por aí: respeito mútuo, colaboração, negociações, afeto, gerencia de conflitos, cooperação, entre tantos aprendizados da riqueza de estar em grupo.
E como começar este processo?
Desde bebê precisamos dar tarefas de colaboração. Frases como: “pega o objeto para mamãe”; “vem ajudar o papai a arrumar os brinquedos”; “vamos ajudar a mamãe a pegar as roupinhas”, precisam ser tornar familiares mesmo. Fazê-lo perceber que toda a família se ajuda é essencial para o processo se tornar normal. Mas esta é uma decisão que precisa ser tomada por todos os membros da família. Se o prazer de manter a casa em ordem se tornar o principal objetivo de todos, desta forma, afastaremos queixas, desagradados e a tão famosa “preguicinha”. Todos os membros da família são responsáveis por criar um ambiente saudável, harmonioso e organizado. Este é o clima que deverá ser gerado.
As tarefas precisam fazer parte da diversão das crianças, então brincar tem começo, e fim, que é organizar(arrumar o que bagunçou).
O mesmo ocorrerá entre os 3 e 5 anos com os objetos pessoais: roupas, calçados, gavetas. As crianças já são capazes de recolher seus pertences e acomodá-los nos armários e gavetas correspondentes. Eles adoram colaborar e serem reconhecidos, portanto, elogie muito neste momento toda colaboração. Insira-os, também, na organização e arrumação de um jantar, por exemplo. Levar os talheres para mesa, os guardanapos, chamar os familiares para a hora do jantar são tarefas fáceis e gostosas de realizar ao lado dos pais.
A partir dos 6 anos, as responsabilidades poderão ir além. Convidá-los para acompanhar o processo de lavagem da roupa: separar as peças por cor ou tecido; colocar na máquina; retirar e ajudar a estender no varal; lavar a louça; cuidar dos animais domésticos (necessidades fisiológicas, ração e água); esticar a cama e dobrar a coberta já são tarefas possíveis.
Já aos 7 anos, oportunize a participação como “mestre cuca”. Permita a ajuda na confecção da alimentação. Nesta brincadeira, preparar os alimentos, cozer e lavar as louças será um grande exercício e uma verdadeira diversão. A partir desta idade, caberá à família ampliar as ferramentas colaborativas: retirar o lixo; ajudar a lavar o carro; cuidar de plantas; lavar um banheiro.
É muito importante que as tarefas sejam introduzidas de forma festiva e harmoniosa. Colocá-las como castigo não terão os efeitos desejados. Colaborar em família tem que ser uma regra independente dos acontecimentos bons ou ruins do dia a dia.
Não precisam existir premiações e pagamentos. Isso tiraria toda a beleza do espírito colaborativo e passaria outro aprendizado (“toma lá, dá cá”). A valorização pela colaboração do bem-estar familiar deve ser a GRANDE recompensa. Ser feliz por ajudar a família a estar feliz é o que vale. Amanhã será feliz por ações nas quais promoverá o bem-estar de todos que o cercam. Uma dica de recompensa pela cooperação do grupo familiar é todos conseguirem fazer um passeio juntos por cumprirem as tarefas. Com isso, terá um reforço de economia de tempo que proporcionou após o dever, o lazer.
Experimente organizar uma rotina diária de tarefas fixas para todos, mas deixe claro que poderão negociar trocas entre os membros, que poderão ocorrer redistribuições (caso um dos membros esteja ausente ou doente), que outras atividades poderão surgir e que tudo acontecerá com muito diálogo, respeito e obediência à proposta familiar. E, claro, que a palavra inicial e final sempre deverá ser dos pais. Afinal, aprender o que é hierarquia ajudará muito as nossas crianças a enfrentarem o mundo. Bom trabalho!
raissa
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